terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Operação Kléber

E o Palmeiras sofre com a debandada. A parceira alviverde, Traffic, gastou uma boa graninha no primeiro ano de parceria, e não obteve os frutos desejados: como já falamos aqui, o Palmeiras que era um dos favoritos ao título brasileiro mal se classificou para a Libertadores (vale lembrar que o Verdão vai ter que encarar o Real Potosí na altitude, em jogo difícil, para cair no grupo mais complicado da competição no ano que vem). Jogadores importantes do elenco já saíram, como Alex Mineiro, Leandro, Martinez, Élder Granja e outros.

Agora, a diretoria, que está se preocupando mais com a eleição de janeiro, malemá corre atrás de reforços para pelo menos manter o nível do time de 2008, aquele que finalmente saiu da fila. Com os rivais paulistas se reforçando muito, e bem, o Palmeiras sai atrás e ganha uma grande interrogação na sua cola. Será que voltaremos à rotina de anos passados, sem títulos, sem força?

Pra que isso não aconteça novamente, o Palmeiras corre atrás da manutenção do atacante Kléber, tentando juntar os 8 milhões de reais pedidos pelo Dínamo de Kiev para a aquisição de 50% dos direitos federativos do Gladiador. A negociação promete ser dura, e o interesse de outros clubes brasileiros, como Corinthians e Inter-RS, dificulta ainda mais o negócio. A questão que fica é: vale a pena?

Kléber jogou bem no Palmeiras, chamou a responsabilidade para seus pés quando precisou, só que jogou poucas vezes. Seu estilo mais agressivo de jogo lhe causou muita dor de cabeça durante a temporada (e causou dor de cabeça nos palmeirenses também). Se Kléber vale um bom investimento? Sim; só que com 6 ou 8 milhões de reais na mão, se pode fazer mais bons negócios no mercado, e o Palmeiras precisa praticamente remontar uma equipe, além, é claro de refazer a zaga e as laterias, já que seus dois principais laterais saíram do Palestra Itália. Infelizmente fica o exemplo do São Paulo, hexacampeão brasileiro que fora desacreditado durante a competição, e graças ao nome, consegue bons reforços a preço de banana, porque na hora H o jogador COM CERTEZA prefere ganhar um pouco menos e ter chances mais reais de ser campeão, do que ganhar um pouquinho mais e viver num clima de maior incerteza, como o existente hoje no CT do Palmeiras.

Caio de Freitas

Um comentário:

Unknown disse...

A Traffic foi um mal negócio para o Palmeiras. Apesar do título Paulista, os investimentos feitos pela empresa eram para muito mais e o estadual acabou sendo pouco. Mas o problema é que a empresa não está interessada no bem do palestra e no seu sucesso. O negócio é mais capitalista. Ganhar dinheiro usando a vitrine do Palmeiras é o negócio (literalmente!). Por isso esse desmonte no elenco.

Na Era Parmalat, a empresa leiteira tinha um contrato do co-gestão com o Palmeiras e participava da administração do futebol com seus homens (como José Carlos Brunoro).

Já a Traffic visa apenas usar a equipe para lucrar em cima de jogadores jovens em revendas ao exterior. E isso já se estendo a outros clubes, como santos e Fluminense ( e até mesmo o Corinthians cujo meia Elias tem vínculo com a empresa).

Essa falta de compromisso faz com que a empresa não tenha cooperado com um centavo na campanha da diretoria palmeirense para segurar a atacante Kléber.

Manter o Gladiador é essencial para o sucesso do Palmeiras na Libertadores. O estilo de Kléber pode ajudar muito a equipe na competição sulamericana e a experiência adquirida pelo atacante na Ucrânia poderia levar o alviverde longe.

Mas adquirir Kléber não interessa a Traffic, que se interessa por jogadores mais jovens. Como Keirrisson, que chega ao palestra e poderia fazer ótima dupla com o Gladiador.

Enfim, a Traffic não ajuda em nada o Palmeiras e erra ao não adquirir Kléber. Sua companhia faria muito bem ao jovem Keirrisson e o valorizaria ainda mais.

Azar do palmeiras! Com a Traffic e, cada vez mais, sem Kléber!