sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Balançando o capim...

Para que não venham acusar este blog de tendencioso, o "Balançando o capim" dessa semana homenageia o maior rival dos donos deste blog.
Gols assim não há muito o que se comentar. Cabe a nós apenas aplaudir.
Com vocês, Marcelinho Carioca e o seu gol de placa no jogo contra o Santos na Vila Belmiro, em 1996.
Até placa do Pelé ele ganhou. Talvez tenha incorporado o espírito do Rei do Futebol naquele dia.
Rodrigo Azevedo

Sempre fazendo cagada

Domingo passado o América de Cali fez 3 a 0 no Deportivo Pereira na abertura da fase final do Campeonato Colombiano.

Pra quem não acompanha Campeonato Colombiano, uma informação: Renê Higuita é o goleiro do  Deportivo Pereira.

Talvez você tenha achado esse seja o motivo suficiente para justificar a derrota da equipe de Pereira.

Se pensou assim, acertou. Mas tem mais...

Higuita não se contentou em apenas perder.

Ele tinha que fazer mais uma de suas horrendas cagadas pra entrar na história.

Confira os gols da partida e veja a asneira que o "Scorpion Kick" cometeu:

http://www.youtube.com/watch?v=2GYPcwst9n0

Ele não cansa. Fazer bosta num jogo de Copa do Mundo não foi o suficiente.

Espero que essa sido pra terminar.

Afinal, já está mais do que na hora de, aos 42 anos, Rene Higuita "encerrar a carreira".

Rodrigo Azevedo

domingo, 23 de novembro de 2008

Pintou o campeão

Ninguém mais tira o título de campeão Brasileiro de 2008 do tricolor paulista.
Regular, eficiente, pragmático, competente.
Essas são características do time que provavelmente levantará a taça no próximo fim de semana, no Morumbi lotado, contra o Fluminense.
O Vasco bem que tentou. Jogou o primeiro tempo melhor que o time paulista.
Mas quem disse que esse São paulo precisa jogar bem para vencer.
Em uma cobrança de falta perfeita do excelente Jorge Wagner o tricolor saiu na frente.
Pouco tempo depois, o quase-anão Madson empatou em bola desviada logo depois que Rogério Ceni impediu que Anderson marcasse contra.
O segundo tempo serviu para o São Paulo retomar o domínio na partida e no placar.
O outrora sonolento e hoje eficiente Hugo marcou o segundo gol paulista.
O Vasco ainda tentou esboçar reação através do animal-ancião Edmundo, que obrigou Rogério Ceni a fazer grandes defesas.
O arqueiro tricolor foi bastante exigdo na partida, e trabalhou com extrama competência para manter a vantagem tricolor até o fim da partida.
Pela reça e pela superação o Vasco até merecia empatar, mas onesse segundo turno não é nada fácil furar a barreira de zagueiros tricolor e vencer Rogério Ceni.
As quatorze partidas de invencibilidade explicam isso.
O tri/hexacampeonato do São Paulo já é um fato. Provavelmente no próximo domingo levantará o caneco.
Além do mais, toda a competência tricolor vêm acompanhada por uma dose grande de sorte.
O Grêmio caiu de quatro diante do vitória no Barradão e não demonstra força alguma de reação.
A diferença já é de 5 pontos.
Sorte? Quatorze jogos invictos não são conseguidos somente com sorte.
Ou são?
Rodrigo Azevedo

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Onde está o país do futebol?

Basta um passeio pelos principais shoppings centers do Brasil para notar que algo está diferente na vestimenta do brasileiro: as camisas de futebol.

Certamente, as evoluções tecnológicas e adaptações à moda alcançaram os uniformes de futebol nos últimos tempos. Porém não é essa a principal diferença. O que se percebe é que cada vez mais as camisas de times internacionais vestem os torcedores brasileiros.

Segundo Jefferson Menezes, gerente de uma grande loja de camisas, os clubes com maior apelo no Brasil são Barcelona (Espanha) e Manchester United (Inglaterra), mas Milan (Itália) e Real Madrid (Espanha) não ficam muito atrás nas vendas. O time que mais cresceu nos últimos anos na venda de camisas foi o Chelsea, da Inglaterra.

Ainda de acordo com Menezes, o perfil do público que procura o material é em sua maioria jovem e de classe média alta. “A idade gira entre quatorze e trinta anos”, declara o gerente.

O sucesso cada vez mais presente do futebol europeu pelo Brasil tem levado até mesmo a preferência pela compra de camisas de equipes estrangeiras às de equipes nacionais.

Em uma loja de artigos esportivos de um shopping paulistano, um grupo de aproximadamente cinco adolescentes observava euforicamente uma camisa do Milan com o nome de Kaká estampado nas costas. Os garotos foram unânimes em afirmar que preferiam a camisa do time italiano à de seus times no Brasil.

O motivo para essa preferência está nos atrativos que o futebol europeu oferece ao seu público consumidor.

Segundo Vitor Birner, comentarista da Rádio CBN e do programa Cartão Verde da TV Cultura, “Na Europa estão os melhores jogadores brasileiros e do mundo. Conseqüentemente, os espetáculos proporcionados são de mais de qualidade”.

Para Mauro Cezar Pereira , comentarista da ESPN, o fato de desde cedo o futebol europeu estar presente na cultura do brasileiro permite que essa realidade ocorra. “Os jovens já conhecem futebol vendo os times de fora com os melhores jogadores do mundo. Não é preciso muito mais para que despertem interesse”.

As ações de publicidade e o marketing dos clubes do velho continente também explicam essa nova geração de aficcionados. O lançamento de games e enormes variedades de produtos licenciados tendo os craques como principal vitrine fazem cada vez mais a cabeça da garotada.

Sempre ouvimos que o Brasil é o país do futebol, mas para a nova geração de torcedores, o melhor futebol do mundo não é praticado por aqui. Para eles, o país do futebol está um pouco mais distante. Está logo ali: pelos gramados europeus.

Rodrigo Azevedo

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Se a moda pega...

Rory Delap é um irlandês de 32 anos e jogador do Stoke City, da Inglaterra.

O atleta se notabila cada vez mais por uma curiosa habilidade: a absurda força e distância que atingem seus arremessos laterais.

E agora andam dizendo [li no Trivela (www.trivela.com.br)] que Delap pode disputar as Olimpíadas de 2012 pela Irlanda, competindo em arremesso de dardo. 

O atual futebolista já praticou o esporte quando adolescente, o que serve para explicar tamanha habilidade.

Como curiosidade, sete dos 13 gols do Stoke na Premier League saíram desta forma.

Delap levou esse boato na brincadeira e rechacou a idéia. Mas já pensou se a moda pega por aqui?

Quem seriam as versões tupiniquins de Delap e se arriascariam em outros esportes?

Exercite sua imaginação e por favor, não vá me dizer que o Robinho disputará triatlo, o Richarlysson ginástica olímpica e o Ronado Fenômeno sumô. 

Confira a incrível habilidade de Rory Delap: www.youtube.com/watch?v=vvTS2wmnt3A

Rodrigo Azevedo

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Craques do camarote

Ultimamente uma das coisas mais chatas que existem são amistosos da seleção brasileira.

 

Geralmente contra times ruins e disputados apenas devido à interesses comerciais, a seleção nacional se tornou um negócio.

 

Está certo que a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) é uma entidade privada, mas algo que sempre foi valorizado pelo povo como patrimônio nacional mereceria mais respeito.

 

Mas esse não parece ser o interesse de Ricardo Teixeira, o dono do futebol brasileiro. Dólares, petrodólares e euros são mais importantes do que a qualidade técnica de uma partida.

 

Na partida de hoje à noite, contra a seleção portuguesa, os craques da vez serão os políticos.

 

Não por acaso o local escolhido para o jogo foi Brasília e o povo teve praticamente proibida sua entrada no estádio quando do anúncio dos absurdos preços dos ingressos.

 

Mas para quê torcida no estádio se o mais importante serão deputados, senadores e governadores que negociarão questões ligadas à Copa de 2014?

 

O jogo será o de menos importante para o público que hoje comparecerá ao amistoso.

E por falar em amistoso, o jogo de hoje pode até ser interessante.

Mas tudo dependerá do interesse dos protagonistas (no caso, os atletas e não os políticos).

 

Kaká, o melhor jogador do mundo na última temporada, e Cristiano Ronaldo, merecedor do prêmio atualmente podem proporcionar lances geniais com a bola nos pés.

 

Tomara. Assim farão valer a pena um precioso tempo que dispensarei para acompanhar a partida.

 

Pois se os craques citados e seus companheiros entrarem na onda de quem estiver nos camarotes, o jogo será chato, irritante, monótono, como quase todos os amistosos da seleção.

 

É triste a constatação, mas apenas em raríssimos jogos e na Copa do Mundo a seleção me empolga.

 

Fruto das quase duas décadas em Ricardo Teixeira está na CBF e fez acabar com a preciosa relação entre o povo e o selecionado nacional. Uma pena.

Rodrigo Azevedo 

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Balançando o capim da semana

Alex contra o São Paulo, jogando pelo Verdão, no Rio-São Paulo de 2002. O gol fala por si só. http://www.youtube.com/watch?v=PetHonhgzPg&feature=related Caio de Freitas

Vem aí: Brasil e Itália

Após 11 anos sem confrontos, Brasil e Itália se enfrentarão novamente.

A CBF e a direção do Arsenal (ING) anunciaram nesta quinta-feira (13) um amistoso entre as seleções que mais levantaram Copas do Mundo.

O palco da partida será o Emirates Stadium será palco do amistoso entre Brasil e Itália, em 10 de fevereiro de 2009.

Apesar de ter boas lembranças do estádio londrino, onde o Brasil derrotou a Argentina por 3 X 0, em 2006, não há tanta certeza de que Dunga estará no comando da seleção canarinho contra os italianos.

Nesta semana, o jornalista Renato Maurício Prado em sua coluna no jornal carioca O Globo deu a informação de que pessoas próximas de Ricardo Teixeira não escondem o encantamento do manda-chuva do futebol nacional pelo quase tricampeão brasileiro.

Na programa “Bem Amigos” (no canal Sportv), da última  segunda-feira (10), o convidado Muricy Ramalho foi recebido como futuro treinador as seleção.

As críticas à Dunga, diretas e sem a mínima intenção de disfarce, chegaram ao ponto de se falar, mesmo que em tom de brincadeira, em MR furar os olhos do atual comandante.

E Galvão Bueno não se permite a brincar dessa maneira se não soubesse o que rolam nos podres bastidores da CBF. A proximidade da entidade com a TV Globo deve conferir esse privilégio ao famoso narrador.

Basta saber quem comandará a seleção nacional contra a Squadra Azurra ano que vem. O contestado e cada vez mais sem moral Dunga ou o cada vez mais favorito ao cargo, Muricy.

Quem estiver no banco escalará um Brasil que não sabe o que é enfrentar a Itália desde 1997. quando as equipes se enfrentaram pelo torneio da França empatando em 3 a 3. Na ocasião, Dunga foi o capitão da seleção, que tinha Zagallo como treinador.

Rodrigo Azevedo

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Vamos com calma...

Ok, que o Corinthians subiu com tranqüilidade e tal todo mundo já sabe de cor e salteado. Só que vamos lembrar duas coisinhas pertinentíssimas sobre esta volta do Corinthians, e acalmar os entusiastas:
1 - Investimento
É inegável que, diferentemente do que aconteceu com outros times grandes quando caíram, o rebaixamento foi altamente rentável ao Corinthians. Com a queda, já se iniciou uma campanha publicitária massiva, com o "Nunca vou te abandonar", que continuou com a posse de Andrés Sanches como presidente do Alvinegro. Com Sanches, veio o milionário contrato com a Medial Saúde, com 20 milhões de reais anuais pros cofres do Parque São Jorge.
2 - Plantel
Com a grana da Medial, o Corinthians pôde contratar o principal responsável pelo desempenho corinthiano neste ano: Mano Menezes. Mano, que conseguiu alcançar resultados magníficos com o Grêmio, voltando da mesma série B e até a final da Libertadores da América do ano passado, já sabia que a série B não dá espaços para o futebol vistoso, e exige uma disciplina tática e muito mais empenho e raça do que técnica (até mesmo pelo estado dos gramados onde a maioria dos jogos seriam disputados). Assim, Mano recebeu o aval da diretoria para montar a sua equipe com jogadores de excelente nível pra série B, e de times medianos/ruins da séria A: Herrera, Alessandro, Douglas, André Santos dentre outros (claro que com o passar do ano, o desempenho destes jogadores se confirmou, e até melhorou, como no caso de André Santos, um dos melhores laterias/alas/meias-esquerdos do país hoje). Mesmo com alguns fiascos como Marcel e Perdigão (fiascos já antecipados por todos que entendam um pouquinho sobre futebol), isso não prejudicou a equipe, que contava com um elenco grande e superior aos seus adversários de Segundona.
Com estes dois itens devidamente rememorados, vamos lembrar os corinthianos que NÃO, O TIME NÃO IRIA ESTAR DISPUTANDO O TÍTULO E NEM SEQUER UMA VAGA NA LIBERTADORES. No primeiro semestre, o Corinthians bateu adversários mais fortes graças ao formato da competição (o mata-mata), como o Botafogo, para chegar à final da Copa do Brasil... só que na hora H faltou aquele algo a mais para vencer um time médio/bom que era o Sport; o Sport não tem um elenco forte, muito pelo contrário, só que chegou às finas batendo adversários mais fortes que os do Corinthians, e contava com Carlinhos Bala e outros refugos de times grandes brasileiros em boa fase (como Roger e Enílton). Isso sem lembrar que o time não conseguiu se classificar nem para as semifinais do Paulistinha...
O outro ponto pertinente é que na série A o ataque do Corinthians seria muito menos eficiente: Herrera é um jogador esforçado, só que a quantidade de gols que ele perde por jogo pra fazer os seus um ou dois golzinhos fariam MUITA falta perante times mais fortes, como Palmeiras, Cruzeiro, São Paulo dentre outros (pra Dentinho vale a mesma coisa). Mais uma coisa que faria falta ao Corinthians na série A é um elenco de série A: para a Primeirona o Corinthians NÃO tem reservas (porque Wellinton Saci ser considerado um bom reserva para os padrões série A é um pouco demais para mim). Não vou ser um babaca e só falar mal: a defesa corinthiana é o setor mais sólido da equipe, com um bom goleiro (que falha em alguns momentos bobos), dois zagueiros relativamente experientes e habilidosos, um lateral que não complica (Alessandro) e um inspiradíssimo (André Santos).
O goleiro Felipe inclusive disse que se o Corinthians estivesse na série disputaria o título... vamos com calma e vejamos o que acontece ano que vem: vamos descobrir se sou eu que estou errado, ou se é o Felipe.
Caio de Freitas

domingo, 9 de novembro de 2008

Por quê o São Paulo será campeão

Faltando apenas quatro rodadas para terminar o Campeonato Brasileiro, o São Paulo de Muricy Ramalho deslanchou e vê cada vez mais perto o hexacampeão nacional.
O comportamento do técnico tem sido fundamental para os resultados que temos visto nos gramados.
O são-paulino formou um time competitivo e regular, no qual a simplicidade do olhar do técnico sobre o futebol cooperou.
MR é discreto, avesso ao marketing e a exposição demasiada na mídia. Dá a cara pra bater nas derrotas, chama a responsabilidade para si e se faz respeitado por isso dentro do grupo de atletas.
Trabalha para o clube e não para si.
A teimosia às vezes o atrapalha. Como a insistência, no primeiro semestre, de achar que Fábio Santos era o maior volante do Brasil e, portanto, intocável em seu time.
Essa mesma insistência, com uma dose de pragmatismo o ajuda também. O bom desempenho de Richarlyson no Brasileirão passado tem muito a ver com isso.
No time atual, não têm craques e jogadores fora-de-série.
A exceção é o habilidoso Hernanes, que até mesmo Luxemburgo reconhece o talento e considera o melhor jogador em atividade no Brasil.
Tirando ele, Muricy teve que lutar para encontrar soluções dentro do próprio elenco para suprir ausências em determinadas posições do time.
A diretoria não cooperou com contratações, mas Muricy trabalhou duro e encontrou o equilíbrio.
Fábio Santos e Carlos Alberto estão entre os micos que chegaram para “reforçar” o tricolor.
O esforçado Zé Luiz pela direita e o antes inconstante e preguiçoso Hugo atuando bem próximo ao gol são exemplos dos méritos do treinador são-paulino.
Hugo chega até mesmo a ser considerado desfalque quando não pode jogar e passou a fazer gols importantes. Antes era mais notado quando cuspia no adversário.
Até mesmo Dagoberto cresceu nas mãos de Muricy e passou a ser decisivo quando o Tricolor precisou, lembrando os tempos de quando era promessa no Paraná.
O Tricolor passou a ser mais guerreiro dentro de campo. A disposição e contribuição tática de cada peça foram assimiladas pelo grupo de atletas.
Borges, Hugo e Dagoberto ajudam o tempo todo a recompor o meio campo.
Os jogadores entenderam realmente o que é ser um grupo. A doação técnica, tática e física chega a impressionar.
A partida contra o Internacional foi marcante em todos esses aspectos.
Contra a Portuguesa a disposição física e a raça deram a vitória ao Tricolor, mesmo que técnica e taticamente a equipe também tenha sido superior a Lusa.
Essas e outras qualidades fazem do time do Morumbi o maior candidato ao título Brasileiro de 2008.
Se for campeão, os méritos devem ser dados, sobretudo, a Muricy Ramalho e seu excelente trabalho durante o campeonato.
Rodrigo Azevedo

Por quê o Palmeiras não será campeão

Faltando apenas quatro rodadas para terminar o Campeonato Brasileiro, o badalado Palmeiras de Vanderlei Luxemburgo patinou e parece ter dado adeus a qualquer chance de título. O comportamento do técnico foi fundamental para os resultados que temos visto nos gramados.
O Palmeiras, antes maior favorito se perdeu no caminho. Grande parte da culpa pode ser atribuída a Vanderlei Luxemburgo.
Luxa adora aparecer. Vive elegantemente na TV tentando chamar atenção para sua figura e mostrar que é o centro do sucesso.
Nunca é culpado quando perde. O juiz, a imprensa ou qualquer outro bode expiatório são escolhidos para levarem a culpa.
Isso quando não joga a responsabilidade para o grupo. E aí de quem achar ruim com o todo poderoso.
Trabalha para si e não para o clube. Adquire plenos poderes e pouco se preocupa com o futuro da agremiação.
O fato mais recente foi sua participação como comentarista na transmissão da Globo da eliminação Alviverde da Copa Sulamericana contra o Argentino Juniors na semana passada.
O Palmeiras, ou sua parceira Traffic, pagam a fortuna meio milhão de reais para contar com os serviços do treinador e não de astro global.
Fica então muito estranho VL ter comentado publicamente as atuações dos próprios jogadores na TV.
Se a prioridade era o Brasileirão, o time deveria ter ficado concentrado e treinando no Brasil. Sem seu treinador estrela querendo aparecer e ficando mal com o próprio grupo.
O estrelismo também fez Luxa o fez dar um pito público em Marcos, maior ídolo palestrino.
Independente de o goleirão ter ou não razão, VL quis mostrar um poder desnecessário e que poderá prejudicá-lo no relacionamento com o grupo.
Dentro de campo Luxa pecou em diversos aspectos. A demora para achar a posição ideal de Diego Souza, principal contratação para a temporada foi uma delas. Está certo que no primeiro semestre o espaço ocupado pelo chileno Valdívia ofuscava o ex-gremista. Mas onde está o maior estrategista do Brasil que não conseguiu encontrar espaço para um bom jogador render sue melhor futebol? Ainda no meio de campo, VL insistiu num meio desprotegido e que fez o Verdão perder diversos pontos bobos durante a competição. A arrogância de não contar com um volante de marcação quando Pierre esteve fora passou da conta. Quando percebeu isso e lançou Jumar e Sandro Silva na proteção da zaga a equipe melhorou e cresceu na competição. A zaga foi outro problema palmeirense. Após a saída de Henrique, os indicados por Luxa, Jece e Gladstone, foram um show de horrores na defesa palmeirense. Utilizar Martinez como zagueiro também é um erro. Frágil, o atleta leva desvantagem no contato físico com os atacantes. Sua utilização na defesa teria que ser como terceiro zagueiro, onde possa contribuir ao time com a sua boa saída de jogo. Por esses e outros problemas, o time de maior investimento, seja em jogadores seja, principalmente, em sua comissão técnica, depende de milagres para chegar ao título. Se isso se confirmar, ficará provado que ter Vanderlei Luxemburgo com treinador não é garantia de sucesso e está longe de ser. Sua última campanha no Santos e a atual pelo palmeiras confirmam isso.
Rodrigo Azevedo

Apatia e falta de criatividade: este é o Palmeiras

Não é porque sou palmeirense que vou negar o que vi: um time apático, com um meio de campo ausente na criação de jogadas e sem pegada na marcação, sem contar é claro a mesmice das jogadas de ataque (as poucas que o Palmeiras produziu).
Todo mundo já sabia que ia ser jogo duro, mesmo com os desfalques do Grêmio o Palmeiras tem um histórico de se complicar em partidas decisivas no Palestra Itália ultimamente, e também neste segundo turno: dos jogos contra rivais diretos pela briga ao título, empatamos com São Paulo em casa (com um péssimo futebol e um empate milagroso), vencemos o Cruzeiro no Mineirão (com um show de bola de Diego Souza, meia que fez muita falta ao time hoje) e perdemos do Grêmio hoje, novamente com um futebol de quinta categoria; só resta agora vencer o Flamengo no RJ, numa partida complicadíssima para pensar em garantir a vaga direta na Libertadores, e, quem sabe contar com tropeços dos rivais acima na tabela, coisa que dificilmente acontecerá.
Porém, o que realmente chama atenção é como o time alviverde não honrou a camisa e a fama de grande time nos momentos decisivos, seja contra rivais diretos, seja contra rivais notadamente mais fracos, como a derrota para o Sport no Palestra neste segundo turno (derrota esta que instaurou uma crise na época no Palmeiras, que perdeu pontos preciosos que fazem falta agora). Em outras palavras, o plantel de Luxa amarelou quando não podia.
Também não adianta omitir, mas Diego Souza e Kléber fizeram muita falta num jogo onde a parte ofensiva do Palmeiras foi nula: Diego Souza na armação, e Kléber com sua garra e habilidade no ataque, em companhia a um apagado Alex Mineiro. E sim, o Grêmio superou todos seus desfalques e jogou MUITO mais bola que o Palmeiras, com garra, empenho na marcação e força nos contra-ataques. E com a vitória o Grêmio tem tudo para tirar o título dos são-paulinos, até por ter uma tabela um pouco mais fácil (em tese). E com esta vitória o time vai ganhar um fôlego extra numa hora importantíssima do campeonato. Foi uma derrota de vice para o Palmeiras, e uma vitória de campeão dos gaúchos.
Caio de Freitas

São Paulo com sorte de campeão

Com um futebol bem capenga ontem o São Paulo bateu a Lusa no Canindé, espantando qualquer urucubaca de palmeirenses, gremistas e cruzeirenses.
Num clássico (clássico sim!) eletrizante, os são-paulinos mostraram (infelizmente) força de campeões, estando sempre na frente do placar; não que isso signifique a Portuguesa jogou mal, muito pelo contrário: com um elenco montado basicamente por refugos, a coisa está começando a dar certo neste finzinho de campeonato (antes tarde do que nunca), com boas atuações de Athirson, Fellype Gabriel e Jonas (incrivelmente!). Os gols do São-Paulo foram marcados por Borges (2 ou 3, a pergunta que não cala), enquanto os da Lusinha foram marcados pelo "matador" Jonas, ex-Santos, Guarani e outros mil times. Em alguns minutos o único time que tem fôlego pra pegar o São-Paulo nesta reta final entra em campo num jogo decisivo: Palmeiras e Grêmio (não preciso nem lembrar que o time a qual me refiro é o Palmeiras). É esperar e ver o que acontece.
Caio de Freitas

sábado, 8 de novembro de 2008

EEEEs-tá va-len-do!

Após anos de tentativas mal-sucedidas finalmente está no ar o “no meio do pagode”, blog sobre o esporte mais amado do mundo: el fútbol! Os companheiros de faculdade de jornalismo da Unesp (e palestrinos) Caio de Freitas e Rodrigo Azevedo são os responsáveis por conduzir a pelota e trazer para você o que de melhor rola no mundo da bola, tudo de primeira. E trocando passes esses dois craques fazem bonito e trazem matérias, entrevistas, análises, opiniões e curiosidades do esporte-bretão, tudo “no meio do pagode”, pois é lá que tudo acontece. Agora chega de pataquadas, e que comece o jogo!

Caio de Freitas e Rodrigo Azevedo